sábado, 14 de março de 2009

Vácuo

O vácuo? O vácuo é a mente perdida
a perdição das ideias e das formas sensíveis
é o vazio da vida que entontece a consciência,
adormecendo-a... bebendo do cálice do esquecimento
sugando até ao último minuto a sua sabedoria...
fazendo morrer um pouco do tempo que sobrou
e da vida, que aos poucos, nele morria...

O vácuo é o querer morrer para o mundo
acreditar nos devaneios dos sonhos
é seguir as rixas do vento tenebroso
é querer olhar sem ver à transparência
vivendo do sabor invisível, a mágoa escondida
da alegria extenuante de não querer crescer
rendendo-se ao místico simplificar da aparência.

O vácuo... sim o vácuo...
Não é mais qe fugir ao nosso ser
e a toda a sua plenitude metafísica
que nos faz vibrar com a vida
e desejar a morte, acreditando num novo ciclo.
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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Époquê

Suspendo o juízo com alma, espírito, sentimento,

paro o tempo diverso e indistinto que me afoga.

Persigo com calma, vida, reflexão para o mundo de que me afasto.

Olho e, sem querer, mergulho nos ideais que abandono

que me enchem de ar indolente, sinestesias dormentes.

Cresço com calma e pressa de crescer sonhando, vivendo.

Transpirando o odor fino da inteligência incompleta

da razão que sobriviveu ultrapassando as emoções.

Eu sonho pensando que vivo crescendo,

na imaginação do mundo pensado onde vivo.

E penso... penso que sou obrigada a pensar

simplesmente porque sou humana.

E tu, se quiseres viver realmente, suspende o juízo

e deixa-te levar pelo sentimento espiritual

que segregas do pantanal da vida, onde te afundas...

e onde morrendo, todos vivemos vagarosamente depressa.
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A ti, Florbela Espanca

" Deixa-me dizer-te os lindos versos raros

Que a minha boca tem para te dizer!

São talhados em mármore de Paros

Cinzelados por mim para te oferecer.!


Pincelando palavras eternas

Escrevo, crescendo a ver,

A dor das literaturas modernas

Que um dia soubeste escrever...


O roxo das tuas pestanas

Reflecte-se no papel escurecido

Sofres... tristes famas

que contigo terão nascido.


A mestria das tuas palavras

Um dom rebelde, de se exaltar!

Foram textura que ao sol ainda gravas

dentro da escurisão do luar!


Os meus versos não são lindos, raros

Mas o meu coração tem de t'os dizer!

São os sentidos que dentro de aros

palpitam por te poder ler!
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Aventuras

Aventuras, percursos itinerantes

Vidas ocas, paixões flutuantes

são carinhos, violência, frustração híbrida...

Cores embriagadamente funestas ao espiritual,

coagem ruidosamente no objecto ideal,

que vive no ideal do sonho, como um sonho ideal
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Escreve-me

Escreve-me e deixa-me viver, beber as tuas palavras

Vive e deixa-me viver nos teus raios de sol.

Chora e deixa-me cobrir-te a alma com os meus passos

por onde possas caminhar secretamente...

Escreve-me para este meu lugar perdido

Onde aguardo a tua resposta, silenciosamente...

Escreve-me e deixa-me fluir em ti.
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Falésia

Falésia poderosa de costa crepitante que aflige o mar...

Rocha de marfim que testa a sua imponência num olhar.

Que medo concedes no teu firme deslumbrar,

Sendo como sonho feito de sabão azul e branco, feito para purificar
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Folha de Papel

Tanque de emoções motivadas de motivações moribundas...

Que crescem ao voar da tinta ansiosa e emotiva.

Descarga de episódios surrealistas e ordinários.

Duma vivência sem sentido atroz, mas com um sentido...

um sentido inconformado de atrocidade feroz

que se retrai com mdeo do seu próprio mundo

e do mundo que não pretende encontrar.
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  © 2009 Leite Quente. Limões Amargos (Poemas)

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